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Falsa sensação de segurança leva jovens a consumirem novas formas de tabaco, alerta a SPP no Dia Mundial Sem Tabaco

Falsa sensação de segurança leva jovens a consumirem novas formas de tabaco, alerta a SPP no Dia Mundial Sem Tabaco

Este ano, o Dia Mundial Sem Tabaco (31 de maio) é assinalado sob o mote “Desmascarar o apelo”, focando-se nas novas formas de tabagismo, como o tabaco aquecido e os cigarros eletrónicos. Para a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), esta mensagem é crucial, pois “nos dados disponíveis em Portugal e no mundo ocidental, apesar de a incidência do tabagismo continuar em plano descendente, é ao nível das novas formas de tabaco e nicotina que se verifica um aumento do consumo”.

“Este apelo que urge desmascarar é algo que já vimos antes, mas agora com uma nova roupagem: a máquina de marketing altamente profissional da indústria tabaqueira, que utiliza falsas ideias de segurança e inocuidade, posicionando estes novos produtos de forma claramente dirigida às populações mais jovens (tabaco na forma de gadgets tecnológicos e coloridos), principalmente através das redes sociais”, alertam Daniel Coutinho e Inês Sucena. Os médicos pneumologistas reforçam esta ideia sublinhando “a existência de diferentes inquéritos epidemiológicos – inclusivamente um realizado entre estudantes universitários portugueses – que confirmam esta falsa noção de segurança entre os jovens consumidores das novas formas de tabaco e nicotina”. 

Apesar dos repetidos alertas da comunidade científica, nomeadamente da SPP, o consumo destes produtos continua a ser normalizado, pelo que se torna urgente “levar esta discussão para o espaço público, para os meios de comunicação e, sobretudo, para as redes sociais, onde estão os jovens”.

Cabe também aos decisores políticos um papel importante pelo que a SPP deixa o apelo: “façam a vossa parte! A sociedade científica pouco mais pode fazer do que alertar e elucidar os decisores políticos da importância do papel que lhes é atribuído a cada legislatura. A nossa esperança é que esta inércia legislativa, que se verifica em Portugal nos últimos anos, seja revertida”.