“Qualquer investimento que façamos em prevenção é preferível aos custos da cura”

Nunca como agora se falou tanto de proteção e prevenção. Grupos de risco como pessoas a partir dos 65 anos e quem, independentemente da sua idade, sofre de doenças crónicas, devem estar particularmente protegidos. Para a COVID-19 ainda não há vacina, mas felizmente a imunização já é uma realidade na prevenção de outras doenças graves, como a Pneumonia Pneumocócica ou a Gripe. Na Semana Europeia da Vacinação, o Movimento Doentes pela Vacinação (MOVA) relembra a importância da vacinação antipneumocócica.

No âmbito da Semana Europeia da Vacinação, que neste ano se comemora entre os dias 20 e 26 de abril, Isabel Saraiva, fundadora do MOVA, presidente da Respira e presidente da Fundação Europeia do Pulmão relembra que “qualquer investimento que façamos em prevenção é preferível aos custos da cura. No caso da Pneumonia, corremos riscos de mortes, morbilidades e sequelas graves”.

Dados acabados de lançar pelo INE mostram que a Pneumonia mata uma média de 16 pessoas por dia. Em 2018, foi responsável 43.4% das mortes por doenças do aparelho respiratório, 5.1% do total de óbitos no nosso País. A maioria poderia ter sido evitada através de imunização.

A vacinação deve ser uma prioridade ao longo da vida, em especial para os doentes crónicos e para quem tem mais de 65 anos. Correm maior risco de contrair doenças graves como a Pneumonia Pneumocócica e por isso devem ser protegidos. A pandemia Covid-19 que vivemos atualmente veio mostrar a fragilidade destes grupos e reforçar a necessidade de os protegermos contra esta e outras doenças. Para o Covid-19 ainda não há vacina mas, felizmente a imunização já é uma realidade na prevenção de outras doenças.

A proteção dos grupos de risco através de imunização tem vindo a ser defendida pelo MOVA, especialistas e associações de doentes que apelam à gratuitidade da vacina contra a Pneumonia para as pessoas com mais de 65 anos, à semelhança do que já acontece com a vacina da Gripe.

Para o MOVA é fundamental olhar para a realidade portuguesa de modo a não ignorar que 21% dos portugueses têm 65 ou mais anos. São cerca de dois milhões de pessoas que, ao beneficiarem desta medida, acabam por contribuir para uma redução significativa de custos que rondam em média 80 milhões de euros anuais, só em internamentos.

Como refere Isabel Saraiva, este ato tem ganhos quantitativos e qualitativos”, permitindo “investir na saúde, a prevenir eventuais internamentos e, no limite, a reduzir significativamente o número de mortes”. Estudos revelam que por semana, a pneumonia provoca, em média, 161 mortes e um gasto de 1,5 milhões de euros, só em tratamentos e internamentos – não contabilizando outros custos indiretos e intangíveis.

Atualmente existe uma recomendação de vacinação antipneumocócica a todos os adultos (idades superiores a 18 anos) pertencentes aos grupos de risco – idosos, diabéticos, doentes respiratórios crónicos, asmáticos, entre outros – está explanada numa Norma da Direção-Geral da Saúde (DGS). A vacina é gratuita para as crianças, embora a eficácia esteja comprovada em todas as faixas etárias, incluindo em prevenir formas mais graves da doença.

A vacinação ao longo da vida é um dos objetivos do MOVA. Fundado há três anos pela Respira, durante a Semana Europeia da Vacinação, com o apoio da Fundação Portuguesa do Pulmão e do GRESP, e no seguimento das entradas da Liga Portuguesa Contra a Sida, a Associação Portuguesa de Asmáticos e a Associação Portuguesa de Insuficientes Renais, o MOVA compreende ainda a FPAD – Federação Portuguesa das Associações de Pessoas com Diabetes, a Liga Portuguesa Contra o Cancro, a AADIC – Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca, a APER – Enfermeiros de Reabilitação, a ANTDR – Associação Nacional da Tuberculose e Doenças Respiratórias, a Pulmonale, a Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão e a Europacolon Portugal – Apoio ao Doente com Cancro Digestivo. Por se tratarem todos de grupos de risco, o MOVA reforça ainda a importância de, agora mais do que nunca, ficarem em casa, se protegerem e cumprirem a medicação.

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