Publicada em 2016, a 8.ª edição da classificação AJCC (American Joint Comitee on Cancer) traz inovações no que respeita ao estadiamento dos tumores que vão permitir uma maior precisão não só na definição do estádio da doença, mas também da seleção do tratamento mais adequado.
“É mais um passo rumo à Oncologia personalizada”, defende a Dr.ª Paula Borralho que, nesta reunião, apresentou as principais alterações inseridas na nova edição e o seu reflexo na forma como é tratada a doença oncológica.
De acordo com a anatomopatologista da CUF Descobertas e Coordenadora do Núcleo de Informação Clínica do Instituto CUF de Oncologia “Esta nova classificação permite-nos classificar as neoplasias, e estadiá-las com maior exatidão”. Esta edição integra marcadores moleculares que ajudam a definir grupos de prognóstico que contribuem para uma classificação mais precisa dos doentes. “Conseguimos pensar no doente individualmente e não como mais um elemento de um grande grupo. Penso que o dado mais importante desta atualização é a inclusão de marcadores moleculares e a estratificação de doentes de acordo com riscos e com o prognóstico”, sublinha acrescentando que “tudo isto vai facilitar a estratificação dos doentes e a melhor seleção do tratamento mais adequado para cada doente”.
Esta nova classificação ressalva o facto de o estadiamento do cancro ser um processo que nunca acaba e que está sempre em evolução.
Dr.ª Paula Borralho, Dr.ª Ana Raimundo e Dr. João Paulo Fernandes
