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SNS assegura reabilitação oral dos doentes com cancro de cabeça e pescoço

SNS assegura reabilitação oral dos doentes com cancro de cabeça e pescoço

O Ministério da Saúde e o Grupo de Estudos de Cancro de Cabeça e Pescoço (GECCP) lançaram, no passado dia 16 de dezembro, o Programa Piloto de Reabilitação Oral dos doentes com Cancro de Cabeça e Pescoço tratados no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

A medida foi apresentada no âmbito da assinatura do Protocolo de colaboração entre a Tutela e o GECCP, que decorreu no Salão Nobre da Unidades Hospitalar Santo António, no Porto.

A cerimónia foi presidida pelo Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, contando ainda com a presença do Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Porto, Paulo Barbosa, o Diretor do Serviço de Oncologia do CHP, António Araújo, e da presidente do GECCP, Ana Castro. Esteve também presente o doente que deu a cara pela campanha de sensibilização “Há batalhas que deixam marcas”, e um dos primeiros doentes a fazer reabilitação oral no âmbito deste protocolo de colaboração, assim como o presidente da Associação dos Amigos de Doentes de Cancro Oral – ASADOCORAL, José Alves.

“Todos os anos, estima-se que 2.500 portugueses sejam diagnosticados com cancro de cabeça e pescoço. No âmbito do tratamento, antes de iniciar qualquer estratégia terapêutica, é necessário extrair várias peças dentárias, em alguns casos a totalidade. Como consequência, os doentes perdem a capacidade de mastigar os alimentos, ficando obrigados a uma dieta restrita”

Todos os anos, estima-se que 2.500 portugueses sejam diagnosticados com cancro de cabeça e pescoço. No âmbito do tratamento, antes de iniciar qualquer estratégia terapêutica, é necessário extrair várias peças dentárias, em alguns casos a totalidade. Como consequência, os doentes perdem a capacidade de mastigar os alimentos, ficando obrigados a uma dieta restrita.

Cerca de 50% dos doentes tratados são candidatos a reabilitação oral por ficarem em remissão completa e com resolução das toxicidades dos tratamentos. No entanto, são frequentes os casos em que não há disponibilidade financeira para a realização da reabilitação oral, seja com próteses removíveis ou fixas.

O protocolo assinado entre o Ministério da Saúde e o GECCP decorre das orientações emitidas pelo Ministério da Saúde, que estabelecem, enquanto prioridade para o mandato, melhorar a governação do SNS e a qualidade dos cuidados de saúde, através de um aperfeiçoamento do atual modelo de contratualização dos serviços, introduzindo incentivos associados à melhoria da acessibilidade, qualidade, eficiência e equidade dos cuidados de saúde, e de uma aposta em modelos de governação da saúde baseados na melhoria contínua da qualidade.