Lançamento de novo fármaco que previne AVC em doentes com FA reúne especialistas em Lisboa
No dia em que se assinala o Dia Nacional do Doente com AVC, a Daiichi Sankyo Portugal promove evento de lançamento de edoxabano, o primeiro anticoagulante oral de ação direta (AOD) que combina a toma única diária com a eficácia na prevenção do AVC e redução significativa de hemorragias graves. Cardiologistas, internistas e neurologistas irão discutir as potencialidades desta nova opção terapêutica. De acordo com o estudo FAMA, 25% dos AVC estão relacionados com a fibrilhação auricular. Em Portugal, 2,5% da população com mais de 40 anos sofre de fibrilhação auricular. Para além disso, segundo o mais recente Estudo SAFIRA (System of AF Evaluation In Real World Ambulatory Patients), perto de 9% dos portugueses com mais de 65 anos sofre desta doença, e, destes, mais de 35% não estarão diagnosticados.
O evento promovido pela Daiichi-Sankyo Portugal terá lugar hoje, ao final da tarde, na Tapada da Ajuda, em Lisboa, e conta com a participação do Dr. Pedro Marques da Silva, internista do Hospital de Santa Marta; do Dr. Carlos Aguiar, cardiologista do Hospital de Santa Cruz; do Prof. Pedro Monteiro, cardiologista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e do Prof. Miguel Viana Batista, neurologista do Hospital de Egas Moniz.
O fármaco comercializado pela Daiichi Sankyo já está disponível nas farmácias com indicação para a prevenção do acidente vascular cerebral (AVC) e embolismo sistémico (ES) em doentes adultos com fibrilhação auricular não-valvular (FANV) e para o tratamento da trombose venosa profunda (TVP) e da embolia pulmonar (EP) e prevenção da TVP e da EP recorrentes.
O fármaco comercializado pela Daiichi Sankyo já está disponível nas farmácias com indicação para a prevenção do acidente vascular cerebral (AVC) e embolismo sistémico (ES) em doentes adultos com fibrilhação auricular não-valvular (FANV) e para o tratamento da trombose venosa profunda (TVP) e da embolia pulmonar (EP) e prevenção da TVP e da EP recorrentes
A eficácia e segurança de edoxabano foram investigadas em dois dos maiores ensaios globais comparativos com varfarina alguma vez realizados com um anticoagulante oral, em doentes com fibrilhação auricular não-valvular (ENGAGE AF-TIMI 48) ou com tromboembolismo venoso agudo (Hokusai-VTE), envolvendo 21.105 e 8.292 doentes, respetivamente.1,2
Referindo-se aos resultados deste estudo, o Prof. Doutor Pedro Monteiro afirmou que “o edoxabano demonstrou ser um fármaco seguro, eficaz, de toma única diária, que vai permitir tratar ainda melhor os nossos doentes com fibrilhação auricular, no sentido de prevenirmos o drama de saúde pública que representa o AVC em Portugal”.
Para o Prof. Doutor Miguel Viana Baptista, neurologista do Hospital de Egas Moniz, “o aparecimento dos novos anticoagulantes orais permitiu que um maior número de doentes com fibrilhação auricular e risco tromboembólico passassem a fazer terapêutica anticoagulante” e que “a chegada de edoxabano poderá contribuir para que esse número aumente ainda mais, nomeadamente dentro de populações mais vulneráveis como os doentes idosos, que comportam um grande risco hemorrágico, mas também um elevado risco tromboembólico e que não podemos deixar de tratar sob pena de não os estarmos a proteger contra eventos isquémicos”.
Edoxabano está também indicado para a trombose venosa profunda, uma complicação frequente associada a uma elevada morbilidade e mortalidade. A idade avançada, as viagens de longa duração, o cancro, a imobilidade e a administração de determinados medicamentos, nomeadamente alguns contracetivos, são alguns dos fatores que aumentam o risco de tromboembolismo venoso (TEV), que pode ser fatal, ao provocar uma embolia pulmonar, ou causar sequelas para toda a vida, como a síndrome pós-trombótica, a insuficiência venosa e úlceras nas extremidades. Além disso, comporta um elevado risco de recorrência.
Relativamente a esta indicação, o especialista de Medicina Interna do Hospital de Santa Marta, Dr. Pedro Marques da Silva, avança que, “devido à segurança terapêutica e às características farmacocinéticas e farmacodinâmicas previsíveis do edoxabano, poderemos ter um maior número de doentes tratados em ambulatório, permitindo a redução dos custos hospitalares, e uma efetividade terapêutica que nos garanta uma eficácia na redução do tromboembolismo venoso recorrente”.
Edoxabano atua através da inibição do fator Xa, que é um ativador da coagulação, e tem um mecanismo de ação rápido, com um início de ação entre uma a duas horas após a administração. Não necessita de controlo laboratorial regular do INR e pode ser administrado com ou sem alimentos, tendo baixo risco de interações com outros medicamentos. O aparecimento deste novo fármaco amplia as opções terapêuticas que os médicos podem oferecer aos seus doentes. Por outro lado, outro problema que condiciona a terapêutica anticoagulante nestes doentes é a má adesão ao tratamento. Ao ser administrado numa única dose diária, o edoxabano favorece uma melhor adesão terapêutica por parte dos doentes.