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Cancro de cabeça e pescoço afeta cada vez pessoas mais jovens

Cancro de cabeça e pescoço afeta cada vez pessoas mais jovens

“Agir com a Cabeça” é o mote escolhido para a campanha de sensibilização que assinala o 3º Dia Mundial de Cancro de Cabeça e Pescoço. Esta campanha é uma iniciativa da Federação Internacional das Sociedades Oncológicas de Cabeça e Pescoço (IFHNOS), que em Portugal é liderada pelo Grupo de Estudos de Cancro de Cabeça e Pescoço (GECCP).

Segundo Ana Castro, médica oncologista e presidente do Grupo de Estudos de Cancro de Cabeça e Pescoço, “uma das preocupações atuais é que este tipo de cancro, que outrora afetava sobretudo homens, a partir dos 50 anos, que apresentavam um consumo excessivo de tabaco e álcool, começa a incidir cada vez mais em pessoas jovens, muito devido ao vírus do HPV”. Anualmente, surgem cerca 3 mil casos em Portugal, sendo que metade destes destes são diagnosticados em estádios avançados.

O cancro de cabeça e pescoço vitima mortalmente 3 portugueses por dia. Neste sentido, através desta campanha, o GEECP pretende sensibilizar a população para a necessidade da realização do diagnóstico precoce, relembrando que os doentes diagnosticados nos estados iniciais da doença têm uma taxa de sobrevivência entre os 80-90%.

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Como forma de assinalar o Dia Mundial de Cancro de Cabeça e Pescoço, o GECCP colocou 3 cubos gigantes com a imagem da campanha em praças emblemáticas das cidades de Coimbra, Lisboa e Porto. O objetivo é atrair a atenção das pessoas e assim prestar mais informação sobre esta patologia, com especial foco na identificação dos sintomas ainda muito desconhecidos pelos portugueses.

Para além da campanha, estão a ser realizados, na Praça Carlos Alberto, no Porto, rastreios gratuitos ao Cancro de Cabeça e Pescoço em dois períodos, das 10h30 às 12h30 e das 14h30 às 16h30.

O cancro da cabeça e do pescoço é o 7º cancro mais comum a nível mundial. Só na Europa, estima-se que existam cerca de 143.000 casos de cancro da cabeça e do pescoço, ocorrendo mais de 68.000 mortes em cada ano. Estimativas para 2020 indicam que a incidência do cancro da cabeça e pescoço aumentará 30%, devido ao crescimento e envelhecimento da população.