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Europa: ingestão de água continua insuficiente em alguns países

Europa: ingestão de água continua insuficiente em alguns países

Foi publicado recentemente um estudo científico que compara o consumo médio diário de alimentos e bebidas em Espanha, Itália e França. O objetivo foi “entender o contributo das bebidas para a ingestão alimentar de água e avaliar se a população adulta da União Europeia (UE) consome quantidades adequadas de água de acordo com as orientações da EFSA”. 

De acordo com os resultados desta investigação, “a ingestão total de água em Espanha foi de 1,7 litros para homens e 1,6 litros para mulheres; Itália registou 1,7 litros para homens e mulheres; e França registou 2,3 litros para homens e 2,1 litros para mulheres”. Se estes resultados forem comparados “com os Valores de Referência da EFSA (Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar) para a ingestão adequada de água, que incluem água de alimentos e água proveniente de bebidas, e representam 2,5 litros e 2,0 litros para homens e mulheres a partir dos 14 anos de idade, respetivamente”, nota-se que nenhum dos três países em análise alcançou as recomendações da EFSA, com a exceção das mulheres em França.

“Para ambos os sexos, a principal fonte de hidratação foi a água para os três países”. Além disso, e em relação a outras bebidas, “as bebidas mais consumidas pelos homens nos três países foram: bebidas quentes em França, seguidas de leite em Espanha e bebidas alcoólicas em Itália, com percentagens de 23%, 17% e 15%, respetivamente”. Para as mulheres, “as bebidas quentes foram as mais frequentemente consumidas em França (30 %) e o leite em Espanha (19 %). Em Itália, a percentagem mais alta foi também para as bebidas quentes (9 %)”.

 

O estudo conclui então que o “consumo insuficiente de água de acordo com os valores de referência da EFSA e a alta percentagem de adultos que não cumpriram a recomendação requer uma maior atenção – não só da comunidade científica, mas também das comunidades de saúde pública e de educação”.

A investigação confirma que os dados obtidos mostram “a tendência atual de baixo consumo, que é muito mais evidente nos homens do que nas mulheres e nas populações mais velhas”. De acordo com o texto, esta população “tem uma elevada taxa de doença crónica, e é mais vulnerável à doença. A evidência de desidratação entre este grupo é bem conhecida e documentada. A desidratação aumenta substancialmente a carga dos custos dos cuidados de saúde”, portanto, isso representa um “importante problema de saúde pública ao impor um ónus económico considerável”.

Esta investigação é um dos primeiros estudos científicos realizados pela Cátedra Internacional de Estudos Avançados em Hidratação (CIEAH, sigla em espanhol), recentemente criada com o objetivo de desenvolver e promover projetos de investigação científica sobre hidratação humana e estilos de vida saudáveis. O estudo, intitulado “Beverage Consumption Habits among the European Population: Association with Total Water and Energy Intake”, também explorou “associações entre os tipos de bebida consumidos e o aporte energético dos alimentos”.