Investigações portuguesas podem vir a contribuir para o tratamento da COVID-19
De acordo com os resultados preliminares de um estudo clínico realizado por investigadores da Universidade de Oxford, a dexametasona, um fármaco anti-inflamatório, pode ser muito eficaz no tratamento da COVID-19, reduzindo em 35% o risco de morte em doentes ventilados, e em 20% em doentes oxigenados.
O Departamento de Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (LAQV-REQUIMTE), em colaboração com o Grupo de Investigação 3B’s da Universidade do Minho, desenvolveu um estudo, cujos resultados podem ser aplicados no tratamento da COVID-19.
Ana Rita Duarte, responsável pelo projeto de investigação sobre sistemas eutécticos terapêuticos (do inglês, THEDES), afirma: “Os nossos estudos são de 2018, mas podem ser utilizados no sentido de encontrar uma terapêutica mais eficaz para a COVID-19. Os THEDES são sistemas constituídos por dois ou mais compostos, sendo um deles um ingrediente farmacêutico ativo, neste caso a dexametasona, e que podem desempenhar um papel importante no combate à doença.”
E acrescenta: “Verificámos que os THEDES à base de cloreto de colina e ácido ascórbico aumentam a eficácia da dexametasona, uma vez que é mais facilmente absorvida pelo organismo. Neste sentido, esta associação pode ser uma mais-valia não apenas no combate à covid-19, como para outras doenças.”