Lisboa acolhe o 1.º Simpósio Internacional sobre NeuroUrbanismo e NeuroArquitetura
Vai decorrer, entre os dias 25 e 26 de fevereiro, no MAAT, em Lisboa, o 1.º Simpósio Internacional sobre NeuroUrbanismo e NeuroArquitetura.
Através do encontro de várias disciplinas, como a arquitetura e desenho urbano, geografia, ciência de dados, neurociências e sociologia, este evento resulta de uma organização conjunta entre o projeto eMOTIONAL Cities e a Academia Portuguesa de Neuroarquitetura e pretende promover a discussão sobre como o ambiente urbano influencia a saúde mental.
A saúde mental é um pilar fundamental do bem-estar humano, conforme reconhecido pela Organização Mundial da Saúde que alerta para o impacto crescente dos ambientes urbanos nos nossos estados emocionais e, por conseguinte, no nosso comportamento e bem-estar. Nesse contexto, neste Simpósio serão apresentados os resultados do eMOTIONAL Cities, um projeto financiado pela Comissão Europeia que investiga os efeitos do ambiente urbano na saúde mental e no bem-estar. Segundo a equipa do projeto, “a investigação feita permitiu demonstrar que o meio urbano pode impactar negativamente a saúde mental, ao contrário de ambientes não-urbanos. Determinados fatores urbanos desencadeiam reações neurais e físicas que podem ser patogénicas, originando condições de doença”.
Com base em evidência científica, o eMOTIONAL Cities identifica como determinados parâmetros urbanos (tais como a presença de espaços verdes, a largura dos passeios, a manutenção e o tipo de fachadas dos edifícios, a organização espacial do mobiliário urbano, a sinalética, entre outros) afetam a nossa saúde mental. O objetivo é criar um modelo que possa ser adaptado a vários tipos de cidades e permita medir e mapear as emoções. A geração deste tipo de conhecimento permite que a gestão das cidades seja mais eficiente em termos de criar comunidades mais saudáveis e sustentáveis, promotoras de bem-estar.
O primeiro dia do Simpósio será dedicado ao espaço público, mais propriamente ao impacto que as ruas, as praças, os parques urbanos, os edifícios, a qualidade do ar, o ruído e os transportes têm na perceção e comportamento humano. Já o segundo dia abordará um outro domínio científico: a NeuroArquitetura, no qual se discute o impacto dos espaços interiores, a biofilia e a iluminação no bem-estar das pessoas.
Em ambos os dias do evento poderá participar no debate em mesas-redondas – por parte de especialistas em matéria de planeamento, urbanismo, mobilidade, saúde, políticas públicas, arquitetura -, em workshops sobre o uso da tecnologia de apoio à investigação científica e haverá ainda oportunidade de networking em torno do futuro das cidades e da saúde.
Para mais informações/inscrições, visite a página do evento.