Uma morte por hora devido a cancro digestivo em Portugal
A Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG) avançou a 30 de setembro, no dia em que se assinala o Dia Mundial do Cancro Digestivo, que “morre uma pessoa por hora com cancro digestivo em Portugal”.
Três das doenças que mais matam em Portugal são do aparelho digestivo: cancro do cólon (1ª causa de morte por cancro em Portugal), cancro do estômago e do fígado. Os cancros do aparelho digestivo representam 10 por cento da mortalidade portuguesa.
Números “preocupantes para os gastrenterologistas portugueses” que mostram a importância de mudar hábitos alimentares e apostar na prevenção destas doenças. A deteção precoce destas patologias é essencial especialmente no caso do cancro do cólon e recto, que pode evitar mesmo o desenvolvimento desta doença.
Os cancros do aparelho digestivo representam 10 por cento da mortalidade portuguesa.O médico gastrenterologista tem um “papel fundamental” no âmbito do cancro digestivo uma vez que pode efetuar um diagnóstico atempado e promover a realização dos exames endoscópicos necessários, ou ainda de outros exames complementares.
Os cancros do aparelho digestivo representam 10 por cento da mortalidade portuguesa.
O Presidente da SPG, Luís Tomé, esclarece que “é importante que a população tenha uma alimentação saudável, combata o sedentarismo e que realize consultas médicas regulares como forma de prevenção dos vários tipos de cancro digestivo”.
Em alguns tipos de cancro digestivo, como é o caso do cancro do cólon e reto, a prevenção através da colonoscopia pode permitir a deteção de lesões benignas (pólipos) que podem degenerar em 90-95% dos cancros e que, se forem diagnosticados nessa fase, ainda benigna e retiradas endoscopicamente, podem significar a cura da doença. De facto, o rastreio por colonoscopia total diminui o risco de morte por cancro do cólon e recto em 30 a 50 por cento.