Hospital de Santa Cruz é pioneiro no tratamento da insuficiência cardíaca através de dispositivo implantável
A Unidade de Arritmologia de Intervenção do Serviço de Cardiologia do Hospital de Santa Cruz, Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, deu um passo em frente no tratamento da insuficiência cardíaca (IC) com a introdução, pela primeira vez na Península Ibérica, de um dispositivo implantável que atuando por estimulação do músculo cardíaco durante o período refratário, aplica a terapia de Modulação de Contratilidade Cardíaca (CCM).
António Cruz, 46 anos, foi o primeiro doente português a receber um dispositivo médico para o tratamento da insuficiência cardíaca, com o qual “registou uma evolução muito favorável em linha com os resultados recentemente publicados”, garante Pedro Adragão, Coordenador da Unidade de Arritmologia de Intervenção do Hospital de Santa Cruz.
Para o médico do Hospital de Santa Cruz a terapia de CCM: “É uma esperança para doentes que, apesar da medicação otimizada, se mantêm com insuficiência cardíaca sintomática”. Sendo atualmente, a Alemanha o país com maior experiência neste tratamento, com mais de 3 mil doentes tratados.
Tendo por base o estudo clínico FIX-HF-5C “Confirmatory” Study é possível afirmar que após intervenção com a terapia de CCM existiu uma redução significativa na taxa de mortalidade e de hospitalizações.
Estima-se que a IC afete cerca de 2 por cento da população adulta nos países desenvolvidos e mais de 10 por cento das pessoas acima dos 70 anos de idade. A IC traduz-se numa situação em que o coração não consegue bombear sangue em quantidade necessária para fazer face às necessidades metabólicas do organismo. Essa situação pode ser causada por muitas doenças cardíacas, sendo as duas causas mais frequentes o enfarte agudo do miocárdio e a hipertensão. A manifestação clínica é feita através de sintomas como a dispneia ou falta de ar, cansaço ou fadiga e edemas ou pés inchados.
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Por Rita Rodrigues