Fausto Pinto defende uma Ordem dos Médicos mais forte e com impulso na formação dos jovens médicos
O médico cardiologista Fausto Pinto, candidato a bastonário da Ordem dos Médicos (OM), defende que é necessário preparar as novas gerações de médicos para os grandes desafios do futuro e anuncia que uma das suas prioridades será dar um novo impulso à formação médica desde o ensino pré ao pós-graduado. O compromisso foi assumido ontem, na sede da Ordem dos Médicos, em Lisboa, durante a apresentação pública da sua candidatura.
O diretor do Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte e presidente da World Heart Federation (WHF) apontou também como objetivo lutar por um sistema de saúde mais inclusivo, apelando ao esforço de todos num movimento que pretende apartidário: “nunca foi tão preciso unirmos esforços e saberes, independentemente das cores políticas ou outras, para implementarmos um verdadeiro Sistema Nacional de Saúde à altura do que Portugal tanto precisa”. Para Fausto Pinto, este deve ser “um sistema que garanta o acesso dos portugueses à saúde que merecem, sem preconceitos, sem desculpas, sem soluções fantasiosas”.
O médico pretende envolver todos os médicos “dando-lhes voz e sendo o veículo da mesma junto da comunidade e dos decisores”. Daí ter escolhido para slogan da campanha a frase – “Ouvir os médicos, construir o futuro”. Como o próprio explicou, “é ouvindo todos que podemos ter a noção das preocupações e encontrar soluções em conjunto, tornando a Ordem dos Médicos mais respeitada mais prestigiada, e mais inclusiva”.
Maria do Céu Machado, mandatária da candidatura de Fausto Pinto, destacou igualmente o caráter inclusivo do candidato “que se propõe a ouvir todos os médicos: os jovens recém-licenciados e que tanto se esforçaram para ser médicos, os jovens recém-especialistas sujeitos a concursos nacionais cujo resultado é o descontentamento geral e a não resolução dos problemas regionais e locais, os médicos seniores que trabalham arduamente sem reconhecimento e sem compensações e os médicos reformados que, inúmeras vezes, pedem ajuda social à Ordem dos Médicos”.
Uma Ordem desburocratizada e ao serviço dos cidadãos; uma maior ligação entre a Ordem e as Universidades que permita o reforço do papel da OM na formação médica e a criação de um Gabinete de Jovens Médicos e de um Gabinete de Apoio aos Médicos Aposentados são alguns dos principais compromissos assumidos por Fausto Pinto enquanto bastonário da Ordem dos Médicos.
“A minha candidatura a Bastonário da Ordem dos Médicos visa muito concretamente o reforço do prestígio da classe médica, ao serviço da população portuguesa, num momento muito difícil para o País e o Mundo”, conclui o cardiologista ao mesmo tempo que se mostra disponível para dar “o seu contributo para o avanço da Medicina em Portugal através do reforço do papel que uma OM deve ter”.