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Campanha da SPAIC alerta para um correto diagnóstico do angioedema hereditário

Campanha da SPAIC alerta para um correto diagnóstico do angioedema hereditário

“E se fosse consigo?” – este é o mote da nova campanha da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), dirigida a imunoalergologistas, e que pretende alertar para a importância de uma melhor compreensão do angioedema hereditário – uma doença genética rara com um impacto significativo na qualidade de vida dos doentes.

Com cerca de 200 doentes já identificados com esta doença em Portugal, o angioedema hereditário é uma doença genética rara que se manifesta pelo aparecimento de crises recorrentes de angioedema (inchaço) em várias localizações possíveis, sendo a face uma das mais frequentes.

“Muitas vezes o angioedema hereditário é confundido erradamente com uma alergia o que contribui para atrasos de diagnóstico significativos”, refere Manuel Branco Ferreira, imunoalergologista e presidente da SPAIC. É por isso fundamental que os imunoalergologistas saibam identificar corretamente esta doença para que também o tratamento possa ser o mais adequado.

Outro fator fundamental que caracteriza esta doença é o “impacto muito significativo que o angioedema hereditário tem na qualidade de vida dos doentes. Definir a qualidade de vida é sempre complexo – depende, obviamente, do estado de saúde – mas outros fatores como o rendimento, liberdade ou inserção social são igualmente importantes”, destaca ainda Manuel Branco Ferreira.

De acordo com o imunoalergologista, “este impacto é bem revelado pela grande percentagem de doentes que mostram preocupação ou culpa por terem passado a doença aos seus filhos, que também é um fator que interfere negativamente na qualidade de vida destas pessoas. Em contexto de crises, é evidente o desconforto, a desfiguração e o cansaço, e é nítido o sofrimento físico e psíquico que permanece até quase duas semanas após o início da crise. Também a dor intensa que existe nos casos de ataques abdominais e ainda o medo permanente de não saber quando vai ser o próximo ataque e se este vai, ou não, poder causar asfixia e morte são elementos que afetam muito negativamente a qualidade de vida destas pessoas”.

Um correto diagnóstico e, por consequência, uma correta intervenção terapêutica são fundamentais para a melhoria da qualidade de vida destes doentes. Esta avaliação da qualidade de vida pode ser feita recorrendo a ferramentas especificas para este efeito e deve ser realizada no momento do diagnóstico da doença e posteriormente como forma de acompanhamento dos doentes.

Esta campanha conta com o apoio da Takeda.