Decorre hoje e amanhã, em Madrid, o I Congresso Ibérico que junta as Sociedades Portuguesa e Espanhola de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC e SEAIC). Especialistas dos dois lados da fronteira debate o papel das terapêuticas biológicas na abordagem das doenças alérgicas.
Este é o primeiro congresso no qual Ana Morête participa na qualidade de presidente da direção da SPAIC.
Na sessão inaugural deste evento, Ana Morête começou por agradecer a todos os representantes portugueses da especialidade que se deslocaram a Madrid para partilharem as experiências clínicas portuguesas. “Esta reunião foi muito desejada, resulta de um plano estratégico de ação das duas sociedades, que nos últimos anos têm mantido contactos regulares e vontade de consolidar a parceria”.
De acordo com a presidente da SPAIC, o tema geral foi cuidadosamente escolhido, “decidimos abordar uma patologia – a doença T2 e o uso de biológicos – em que a nossa diferenciação técnico -científica enquanto Alergologistas é única”.
“Em Portugal e em Espanha asseguramos, diariamente, nos diferentes serviços de Alergologia, os melhores cuidados aos doentes que apresentam alguma forma de doença T2, assim vamos falar de asma, passando pela polipose nasosinusal, dermatite atópica, urticária, abordando todos os grupos etários, da criança ao adulto, passando pela grávida e outras populações especiais”, acrescentou.
A especialista salientou ainda que o nível da qualidade científica dos sócios da SPAIC e da SEAIC é muito elevado, o que será notório nas diferentes mesas, sendo enriquecidas pela colaboração entre as duas sociedades.” Perspetivas diferentes de abordagem, reforço de caraterísticas comuns e curiosidade pelas eventuais diferenças irão permitir-nos construir, ao longo destes dois dias, pontes comuns para a melhor abordagem da doença imunoalérgica”.
É um congresso inovador, garante Ana Morête, que vai focar-se na troca de experiências clínicas e científicas. “É nossa expetativa que decorra num ambiente profundamente amigável”.
Já no final da sua intervenção, a presidente da SPAIC agradeceu aos anteriores presidentes da SPAIC e da SEAIC que iniciaram esta jornada de parceria e a ambas as comissões organizadora do Congresso. “Agradeço, ainda, aos jovens, a força motora das duas sociedades, e é a eles que damos o palco para começar este nosso congresso ibérico. É essencial a renovação geracional, é essencial replicar bons exemplos como este, aumentando a visibilidade, o posicionamento e o prestigio de ambas as sociedades”, concluiu.
