“Se não existissem testes laboratoriais como teria corrido a pandemia?” – Congresso da ANL promove o debate sobre o papel da Medicina Laboratorial

Vai decorrer, nos dias 28 e 29 de outubro, no Centro de Congressos de São Rafael, em Albufeira, o VIII Congresso da Associação Nacional de Laboratórios Clínicos (ANL). Durante dois dias estarão em debate os principais temas da atividade clínica e laboratorial.

Este Congresso decorre num momento em que é impossível não realçar o papel fundamental do laboratório com o reforço e esforço que existiram durante os dois últimos anos, no contexto de pandemia. “Se não existissem testes laboratoriais como teria corrido a pandemia?” questiona Manuel Carvalho, presidente da comissão científica do congresso. “Conseguimos identificar, isolar e acompanhar a doença a par e passo. Já trabalho há muitos anos nesta atividade e tenho verificado que o laboratório passou de um papel de documentação de uma doença para a sua identificação, algo que é completamente diferente na perspetiva da sua importância no diagnóstico e acompanhamento das doenças”, reforça o patologista clínico.

O especialista destaca ainda o impacto do diagnóstico laboratorial nas decisões clínicas o que torna fundamental promover a análise e discussão deste papel entre todos os profissionais da área da Medicina Laboratorial – “neste momento, mais de 70% das decisões clínicas são apoiadas em diagnóstico laboratorial o que se deve a um desenvolvimento científico e organização dos laboratórios no sentido de dar uma resposta eficaz (exata e atempada)”.

Quanto as expetativas para o VIII Congresso, para Nuno Saraiva, presidente da ANL, este deve ser um momento no qual “devemos aproveitar para estarmos juntos e alegrarmo-nos por sermos um ator importante na Sociedade. Sempre o fomos. Mas se dúvidas existissem, a questão da pandemia exacerbou o que é óbvio e que muitas vezes não se vê. Orgulho-me muito das empresas associadas, sobretudo de todo o pessoal que lá trabalha. Todos tiveram uma postura e uma resposta exemplares nestes dois anos de pandemia e acho que esse é um motivo de orgulho e de celebração”. Para o representante da ANL, é fundamental uma desmistificação sobre os papéis do setor público e privado e da discussão sobre a primazia de um face ao outro, pois “ambos são essenciais para o bom funcionamento do setor e ambos devem complementar-se – a pandemia foi, precisamente, um exemplo dessa complementaridade. A pandemia ajudou a clarificar a importância do setor privado”.

Apesar de ter sido delineado antes da pandemia, uma vez que este congresso se ia realizar-se em 2020, o programa foi adaptado para incluir também o debate sobre a COVID-19. Embora este não seja o tema central, não podem ser ignoradas as mudanças que a pandemia exigiu à Medicina Laboratorial – “no laboratório tivemos de adaptar procedimentos e métodos às necessidades de uma resposta à população e também nos conseguimos organizar do ponto de vista de saúde pública. Estamos na altura de olhar e analisar este caminho”, refere Manuel Carvalho.

Consulte AQUI o programa do VIII Congresso da ANL.

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