Simpósio da Fundação Portuguesa de Cardiologia debate “Insuficiência Cardíaca e Desporto”
O Simpósio Anual da Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) foi, este ano, dedicado ao tema da “Insuficiência Cardíaca e Desporto”. Na linha do tema escolhido para assinalar o “Maio, Mês do Coração”, a insuficiência cardíaca, a reunião científica dirigida a profissionais de saúde aproximou o Coração do Desporto e debateu esta questão em palestras conduzidas por um painel multidisciplinar de especialistas.
Desde o apoio domiciliário aos cuidados paliativos, passando pelos avanços terapêuticos e pelo tratamento concomitante de insuficiência cardíaca com diabetes ou DPOC, esta doença esteve no centro das atenções no passado dia 13 de maio, no Centro Ismaili. Da parte da tarde, a discussão foi em torno dos desportistas: causas e prevenção da morte súbita, alterações do ECG, controlo da frequência cardíaca, entre outros assuntos.
Em entrevista ao Raio-X, o presidente da FPC, Manuel Carrageta, explicou as razões da seleção deste tema para assinalar a efeméride mensal. “Estima-se que cerca de 400 mil portugueses sejam portares da doença, com tendência para um aumento visto que falamos de uma doença associada ao envelhecimento”, alertou.
Assista aqui às declarações de Manuel Carrageta, presidente da FPC:
Foram vários os especialistas convidados para integrar o programa científico deste dia de atualização sobre insuficiência cardíaca, entre os quais Miguel Mendes, presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC), que está a assinalar também o Mês de Maio na mesma linha temática. Neste contexto, o cardiologista explica a importância de (in)formar e esclarecer sobre esta patologia que, na sua perspetiva, carece de “uma abordagem global”.
Assista aqui às declarações de Miguel Mendes, presidente da SPC:
Também Dulce Brito, cardiologista e membro do Grupo de Estudo de Insuficiência Cardíaca da SPC, marcou presença no Simpósio para falar sobre as novas opções terapêuticas no tratamento desta doença. Em entrevista ao Raio-X, a especialista explica que “a insuficiência cardíaca é o estádio final de muitas doenças, cardiovasculares e não só”, associada a uma elevada mortalidade e morbilidade.