“Viver com DPOC” alerta para o impacto social da doença e reforça a importância da prevenção e diagnóstico precoce

No âmbito do Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), que se assinala a 20 de novembro, a iniciativa “Viver com DPOC” alerta para o impacto desta doença respiratória na vida das pessoas, reforçando a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. Neste dia, o Centro Comercial Amoreiras recebe uma exposição de sensibilização para o peso social da doença e uma ação de rastreio, através da realização de espirometrias, que conta com a participação de um conjunto de figuras públicas.

“Viver com DPOC” é uma iniciativa promovida pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP) e Respira – Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e outras Doenças Respiratórias Crónicas, com o apoio da GSK – GlaxoSmithKline. A ação visa dar a conhecer ao público em geral o que é a DPOC, atualmente considerada a terceira causa de morte no mundo1, alertar para os sintomas e fatores de risco, bem como para o peso que a patologia tem no dia a dia dos doentes.

A ação vai estar a decorrer entre as 13h e as 18h, no Piso 1 junto à Praça Central. Manuel Marques, Ana Martins, Joana Câncio, Isabel Medina, Mariana Alvim, entre outras figuras públicas que vão passar pelo Centro Comercial Amoreiras, vão ter a oportunidade para saber mais sobre esta doença e avaliar a saúde dos seus pulmões.

É muito importante alertar a sociedade para a DPOC e sublinhar a importância do rápido diagnóstico, pois é comum os doentes desvalorizarem os sintomas – dispneia (falta de ar), tosse, pieira e expetoração – considerando-os consequência normal do avanço da idade ou do tabagismo”, destaca António Morais, presidente da SPP.

José Alves, presidente da FPP, reforça: “A DPOC é uma patologia respiratória crónica que afeta cerca de 800 mil portugueses, mas uma grande parte deles não sabe que tem a doença, uma vez que há um grande número de casos por diagnosticar. Assim, todos os fumadores devem fazer uma espirometria o mais cedo possível, não devendo esperar pelos 40 anos. Fazer uma espirometria ajuda a detetar precocemente esta e outras doenças respiratórias”.

A DPOC é uma doença progressiva, que diminui o fluxo de oxigénio aos pulmões, sendo muito comum nos fumadores e ex-fumadores. Tem um grande impacto no dia a dia dos doentes, seja do ponto de vista pessoal, social e profissional”, sublinha Isabel Saraiva, vice-presidente da Respira.

Quase 30% dos doentes com DPOC têm exacerbações frequentes, sendo que cerca de um em cada cinco doentes que têm uma exacerbação, ou agravamento do seu estado de saúde, necessita de hospitalização.2 Na Europa, a DPOC representa 50% da despesa na área respiratória, com custos anuais em saúde e perda de produtividade que rondam os 141,4 mil milhões de euros.3

Em Portugal, a DPOC, no ano de 2016, foi responsável por 2791 óbitos, segundo o relatório de 2018 do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias (ONDR)4. Apesar de as estatísticas indicarem que cerca de 800 mil portugueses com mais de 40 anos tenham esta doença, em 2016 apenas 131.632 pessoas estavam referenciadas nos Centros de Saúde como tendo DPOC e, dessas, apenas 32,3% tinham o diagnóstico confirmado por espirometria, de acordo com o ONDR.4

Apesar de geralmente ser progressiva, esta doença crónica tem tratamento e o seu diagnóstico precoce é essencial para que o doente consiga ter a melhor qualidade de vida possível.

Referências:
  1. Lozano R, et al. Global and regional mortality from 235 causes of death for 20 age groups in 1990 and 2010: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010. The Lancet 2012; 380: 2095–2128.
  2. Hurst et al. Susceptibility to Exacerbation in Chronic Obstructive Pulmonary Disease. The New England Journal of Medicine. 2010;3;1128-38.
  3. European Lung White Book. The cost of respiratory disease. Disponível em: http://www.erswhitebook.org/chapters/the-economic-burden-of-lung-disease/the-cost-of-respiratory-disease/ [Acedido pela última vez em: nov 2019]
  4. In Relatório de 2018 do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias. Disponível em: https://www.ondr.pt/files/Relatorio_ONDR_2018.pdf

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