Dia Mundial da Tuberculose: esta patologia ainda existe.

Opinião de Maria da Conceição Gomes, médica Pneumologista, Presidente da Associação Nacional de Tuberculose e Doenças Respiratórias (ANTDR) e Coordenadora do Programa de Tuberculose da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT).

A luta antituberculose tem grandes tradições em Portugal. Em 1899 a Rainha D. Amélia iniciou uma batalha com resultados visíveis na sociedade atual, muito embora distantes da maioria dos outros países europeus.

Cem anos mais tarde (1989) registavam-se 8.000 novos casos de Tuberculose (TB) por cada 100.000 habitantes. Em 2017 registaram-se cerca de 1.900 casos de TB por 100.000 habitantes. A evolução é notável, mas não podemos baixar os braços.

Na sociedade atual cabe ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) e Direção-Geral da Saúde (DGS) os trabalhos normativos, estatísticos, epidemiológicos, como está referido no registo da Comissão de TB da Sociedade Portuguesa de Pneumologia. Questiona-se, contudo, por que razão a TB persiste – essencialmente nas áreas da Grande Lisboa e Porto – apesar de todos os meios, quer sejam terapêuticos ou de incentivos.

É fundamental haver uma sinergia de ações e de envolvimento da Sociedade Civil, passando por uma interligação entre as entidades oficiais, os utentes e os promotores de saúde, não esquecendo a função fundamental de ser, comunicar, informar, incentivar a literacia em relação a esta doença “tuberculose”.

É igualmente importante não esquecer que as Associações desempenham um importante papel no suporte e incentivo à investigação de novos meios de combate à Tuberculose.

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