Histerectomias por miomas uterinos diminuem 39% em 15 anos

Um estudo publicado no European Journal of Obstetrics & Gynecology and Reproductive Biology, de autoria de ginecologistas do Centro Universitário e Hospitalar de Coimbra, sobre a evolução da prática de histerectomias em Portugal, revela que, ao longo dos últimos 15 anos, houve um aumento da idade média das mulheres submetidas a remoção do útero e uma redução nos dias de internamento hospitalar. Apesar de terem diminuído 39,2%, os miomas uterinos continuam a ser a principal causa de histerectomia e foram responsáveis por cerca de 75 mil casos nos hospitais públicos em Portugal.

As histerectomias são cirurgias que consistem na remoção do útero e que resultam na ausência de menstruação e na incapacidade de engravidar. Entre 2000 e 2014, 166.177 mulheres foram submetidas a histerectomias em Portugal, sendo que o estudo publicado revela que em 15 anos o número anual de histerectomias em Portugal diminuiu quase 20%.

Daniel Pereira da Silva, médico Ginecologista no Instituto Médico de Coimbra, justifica o decréscimo do recurso a estas cirurgias no tratamento de miomas uterinos, com o fato de “a classe médica estar a acompanhar a evolução farmacológica que permite, em alguns casos, evitar a histerectomia ou facilitar a realização de uma intervenção cirúrgica menos invasiva que conserve o útero”.

“Os miomas uterinos afetam mais de 2 milhões de mulheres em Portugal, são considerados a quinta causa mais frequente de internamento hospitalar por causas ginecológicas não relacionada com a gravidez e a principal causa da realização de histerectomias (cerca de 45%)”

Os miomas uterinos afetam mais de 2 milhões de mulheres em Portugal, são considerados a quinta causa mais frequente de internamento hospitalar por causas ginecológicas não relacionada com a gravidez e a principal causa da realização de histerectomias (cerca de 45%).

Em geral, uma mulher precisa de um mês a cinco semanas para recuperar de uma histerectomia. No entanto, Daniel Pereira da Silva revela que “devido à utilização de técnicas menos invasivas, como o tratamento com medicamentos ou a retirada do útero por via vaginal ou através da abertura de pequenos orifícios no abdómen (laparoscopia), os dias de recuperação diminuíram, nos últimos 15 anos, de sete para apenas cinco dias”. Já a idade média das mulheres com indicação de cirurgia aumentou de 51 para 55 anos de idade.

 

 

 

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