Nestlé apresenta plano nutricional em pequeno-almoço
No passado dia 14 de março o Raio-X foi convidado para tomar o pequeno-almoço na Nestlé. Acedemos ao convite e fizemos parte de um agradável pequeno-almoço denominado “Conversas à volta da mesa” que foi partilhado, entre outras pessoas, com as nutricionistas Ana Leonor Perdigão e Alexandra Ribeiro. “A evolução nutricional dos produtos Nestlé” foi o tema da conversa na qual ficámos a conhecer a história desta marca que está em Portugal há 95 anos e que pretende “continuar a contribuir para um futuro mais saudável”.
Há 95 anos em Portugal a marca Nestlé conta com um vasto portefólio constituído por 90 marcas, algumas delas locais. Nestum, Cerelac, Chocapic, Estrelitas ou Nesquick são alguns dos produtos à base de cereais, bem conhecidos dos portugueses e que não faltaram na mesa deste pequeno-almoço. Os dois grandes objetivos desta iniciativa foram “apresentar a perspetiva do que tem sido o trabalho da Nestlé ao nível da composição nutricional dos produtos que tem/produz e também daquilo que pretende continuar a fazer”, afirmou Ana Leonor Perdigão.
Através do estudo Health & Wellness Progress Report Deloitte 2017, as nutricionistas apresentaram os aspetos que influenciam os consumidores no processo de decisão, nomeadamente “o preço, o sabor e, depois, a questão da conveniência – a falta de tempo, somos muito esmagados entre uma consciência cada vez maior da importância que a alimentação tem e a falta de tempo para a fazer”, afirmaram. No entanto, existe outro conjunto relacionados com a saúde. “O consumidor pensa no impacto que aquele alimento vai ter na saúde (mesmo que depois não escolha em conformidade), na questão da segurança face aos produtos embalados, no impacto social e ambiental, e ainda, na experiencia que os consumidores conseguem ter com o alimento”. Quanto ao tipo de produtos, a nutricionista Alexandra Ribeiro esclarece que há uma procura maior de “produtos com baixo teor de tudo: baixo teor de açúcar, baixo teor de sal, sem aromas artificiais, sem corantes artificiais.” Sendo que isso reflete o facto de cada vez mais Portugueses estarem atentos aos problemas de saúde que são reflexo de uma má escolha na alimentação.
No caso concreto da Nestlé, as especialistas centram as suas preocupações “na sobrenutrição, no excesso de algumas coisas, e na carência de outras” e também ao nível da “nutrição personalizada”. Atualmente esse trabalho é desenvolvido pelas nutricionistas através de uma ferramenta denominada “Nestlé Nutritional Profiling System” que tem sido “a nossa plataforma de trabalho desde há muitos anos no processo de renovação e de inovação dos nossos produtos”, afirmaram. Esta plataforma foi devidamente testada pela sua eficácia e caracteriza-se por ser uma base de critérios e de metodologia usada para avaliar os produtos e, consequentemente, otimizá-los de acordo com os padrões nutricionais. “Nós avaliamos todos os produtos Nestlé, todo o portefólio e também aqueles produtos que pretendemos lançar. Sendo que, quando lançamos um produto pretendemos que ele seja equilibrado nutricionalmente e só através desta ferramenta é que conseguimos garantir esse equilíbrio”, declarou Alexandra Ribeiro. Nesta plataforma os produtos são avaliados de acordo com diferentes variáveis: “inserimos a categoria a que o produto se destina depois o target (adulto ou criança), se é um alimento de pequeno-almoço, almoço ou jantar e depois a ferramenta avalia de acordo com os parâmetros nutricionais que são baseados nas recomendações da Organização Mundial de Saúde e da Autoridade Europeia de Segurança Alimentar”. Através deste processo é possível determinar se o alimento está com excesso ou com carência de algum nutriente ou se se encontra em condições para ser lançado. Aquando do excesso/carência, o processo repete-se com o ajuste de alguns parâmetros nutricionais, assim “os produtos vão para o mercado com o mesmo perfil nutricional, apenas otimizado, mas a ingestão de nutrientes para o consumidor é evidentemente bastante melhorada”, esclareceram.
Até 2016, a Nestlé demonstrou uma significativa evolução nutricional dos seus produtos, reduzindo “os açúcares adicionados em 8%, o sal sofreu uma redução média de 10,5% e as gorduras saturadas uma redução de 6,5%”, mencionaram. Os compromissos até 2020 são a redução de açúcares adicionados em mais 5%, a de sal e gorduras saturadas em mais 10%. “Continuamos a ter um longo caminho para percorrer, muito trabalho para mostrar e este ano vamos ter muitas novidades”, garantiram.
Por Rita Rodrigues