Guia da SPAIC estabelece critérios para unidades de referência no tratamento da asma grave
Com o objetivo de definir os requisitos necessários para a certificação de Unidades de Asma Grave em Portugal, a direção da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) elaborou o “Guia para a Certificação de Unidades de Asma Grave (UAG)”. Este guia será uma ferramenta fundamental para a criação destas UAG, definindo os requisitos necessários para a sua certificação e conferindo-lhes um reconhecimento oficial da SPAIC como centros especializados e diferenciados na abordagem da asma grave.
Em Portugal, de acordo com o estudo Epi-Asthma, estima-se que, dos 570.000 adultos com asma, 17% apresentem asma de difícil controlo e 5% apresentem asma grave. Apesar da proporção relativamente reduzida de doentes com asma grave, estes são responsáveis por uma parte significativa dos custos em saúde devido à doença. Assim, neste contexto, “conscientes de que estas unidades representam uma mais-valia significativa no cuidado aos doentes com asma grave, decidimos estabelecer um processo de certificação que confira a estas estruturas um reconhecimento como centros especializados e diferenciados na abordagem desta condição”, refere a direção da SPAIC.
Melhorar o atendimento clínico dos doentes com asma grave unificando critérios de boas práticas, estruturar e facilitar o tratamento clínico desses doentes, promover a investigação em asma grave e melhorar a educação dos doentes asmáticos – uma vez que a formação adequada aumenta a adesão terapêutica e o controlo da doença -, são os principais objetivos da elaboração deste Guia.
Para a direção da SPAIC, esta iniciativa reflete “o compromisso com a excelência na prática clínica, com a inovação científica e com o bem-estar dos doentes”. A missão é “fazer das UAG uma realidade transformadora no panorama da Imunoalergologia em Portugal”.