Programa Nacional para a Diabetes em “modo de autogestão”
A Sociedade Portuguesa de Diabetologia (#SPD) alertou para a existência de suscetibilidades em várias regiões do país no que respeita aos seus programas de tratamento, diagnóstico e prevenção da diabetes. “O Plano Nacional para a Diabetes, que foi assumido pelo Governo como prioritário, está assim a ser deixado para trás, em ‘modo autogestão’ e os doentes é que sofrem as consequências”, destaca o presidente da SPD, Rui Duarte.
O Programa Nacional para a Diabetes (PND) da Direção-Geral da Saúde está sem diretor desde dia 1 de janeiro de 2018 e, na perspetiva de Rui Duarte, esta falta de direção começa a notar-se a nível nacional , uma vez que nem todas as Unidades Coordenadoras Funcionais da Diabetes (UCFD) estão a andar à mesma velocidade, no que toca às estratégias de tratamento/acompanhamento das pessoas com diabetes, bem como nos esforços de diagnóstico e prevenção. “É absolutamente premente a nomeação de um diretor para o Programa Nacional para a Diabetes, que prossiga a sua implantação e o reconhecimento do trabalho desenvolvido pelos profissionais de saúde dedicados à diabetes”, destaca o Memorando de Vilamoura 2018, documento que reúne as conclusões de quem participou no 3.º Encontro das UCFD. Este documento apresenta os anseios e as vontades das UCFD e foi dirigido à Diretora-Geral da Saúde com conhecimento do Secretário de Estado adjunto do Ministério da Saúde e do Ministro da Saúde, no dia 12 de março, assinado pelos Coordenadores Regionais do Programa da Diabetes das ARSs do Centro, de Lisboa e Vale do Tejo, do Alentejo e do Algarve, bem como pelo Dr. Rui Duarte, presidente da SPD.
De acordo com dados do Observatório Nacional da Diabetes (OND), esta doença é uma das principais causas de morte em Portugal. Sendo que existe também um risco duplicado da doença cardiovascular (DCV) em pessoas com diabetes mellitus (DM) comparativamente com a população não diabética.
Por Rita Rodrigues