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Cobertura vacinal contra a gripe aumenta em todos os grupos prioritários | Revelados resultados da 1.ª vaga do Vacinómetro® época gripal 2024/ 2025

Cobertura vacinal contra a gripe aumenta em todos os grupos prioritários | Revelados resultados da 1.ª vaga do Vacinómetro® época gripal 2024/ 2025

Os dados da primeira vaga do relatório Vacinómetro®, que monitoriza a vacinação contra a gripe durante a época gripal através de questionários, revelam que desde o início da época 2024/2025 a cobertura vacinal aumentou em todos os grupos prioritários comparativamente ao mesmo período do ano passado. Até ao momento, os números mostram que, da população incluída nas recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS), já terão sido vacinados contra a gripe sazonal:

  • 31,7% dos indivíduos com 65 ou mais anos de idade – sendo que 52,2% deste grupo o fez por recomendação médica;
  • 32,3% dos indivíduos portadores de doença crónica – dos quais 55,3% indicaram que o fizeram por recomendação do médico. As sub-análises feitas por patologia (diabetes e doenças cardiovasculares) revelam ainda que a cobertura vacinal nesta época é também superior à da época passada.
  • 18,5% dos profissionais de saúde em contacto direto com doentes;
  • 14,4% dos portugueses com idades compreendidas entre os 60 e os 64 anos– sendo que 52,3% vacinou-se por iniciativa própria.
  • Destacamos a proteção das grávidas com uma cobertura vacinal de 54,2%, sendo que 58,7% o fizeram por recomendação do médico.  

A distribuição por região das pessoas com 65 ou mais anos de idade vacinadas mostra que 56% se encontra na região Autónoma da Madeira, 46,7% no Alentejo, 38,7% na região Norte, 28,6% na região centro e 27,4% na área metropolitana de Lisboa.No Algarve, a percentagem é de 18,9% e na região Autónoma dos Açores de 7,1%.

Do total do grupo de indivíduos vacinados, na amostra total estudada, os principais motivos que levaram à vacinação foram:

  • 43,7% por recomendação do médico;
  • 29,7% por iniciativa própria, porque procuram estar sempre protegidos;
  • 13,2% no contexto de uma iniciativa laboral;
  • 8,0% por notificação de agendamento pelo SNS;
  • 4,3% porque sabe que faz parte do grupo de risco de determinada patologia;
  • 1,1% por outro motivo.

António Morais

Presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia

O aumento da cobertura vacinal em todos os grupos prioritários representa um avanço na proteção e melhoria da saúde pública. Este ano, observamos uma maior adesão à vacinação desde o início da época assim como uma resposta muito positiva às recomendações dos profissionais de saúde. Estes dados evidenciam, mais uma vez, o papel fundamental dos médicos de família na promoção da saúde, bem como o esforço de sensibilização da população para a importância da vacinação sazonal contra a gripe. É fundamental manter esta tendência para proteger um maior número de pessoas e prevenir doenças graves e hospitalizações, contribuindo ainda para o alívio da sobrecarga no Serviço Nacional de Saúde.” 

Desta primeira vaga, podemos ainda aferir que:

  • 2,2% do grupo dos 65 ou mais anos de idade vacinados fizeram-no pela primeira vez este ano e 61,8% das pessoas não vacinadas pertencentes a esta faixa etária ainda tencionam vacinar-se.
  • 0,8% dos doentes crónicos vacinados fizeram-no pela primeira vez este ano, e 67% das pessoas não vacinadas pertencentes a este grupo apresentam intenção de vacinação nesta época gripal.
  • Já no que se refere aos profissionais de saúde, 2,1% foram vacinados pela primeira vez em 2024 e 42% ainda tenciona fazê-lo.
  • Do grupo de pessoas com mais de 80 anos, todos os inquiridos mencionaram já se terem vacinado no passado e 74,2% das pessoas inquiridas neste grupo não vacinadas apresentam intenção de o fazer nesta época gripal.
  • De entre aqueles que ainda não se vacinaram, o principal motivo apresentado para a não vacinação foi “por não ser hábito” (35,1%).
  • Em termos globais, do grupo de pessoas não vacinadas, 31,9% refere que ainda tenciona vacinar-se. Esta percentagem aumenta ligeiramente para 43,6% quando se analisa os dados dos grupos com recomendação. Neste caso em particular, o grupo dos doentes crónicos é aquele que apresenta a intenção de vacinação superior (67%).

Relativamente à coadministração da vacina contra a gripe e da vacina contra a covid-19, 82,9% dos grupos com recomendação optou pela coadministração das vacinas, sendo o principal motivo a vontade de estar protegido (68,6%). Ainda nos grupos por recomendação, a maioria dos inquiridos não vacinados pretende fazê-lo coadministrando as vacinas contra a gripe e contra a covid-19.

Importa destacar que menos de metade da população inquirida tem conhecimento do alargamento da vacina de dose elevada contra a gripe para a população com 85 ou mais anos, para além de residentes em lares e na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI). 

De acordo com a Norma nº 07/2024 da DGS, a vacinação contra a gripe é fortemente recomendada para os grupos prioritários abaixo, tendo em conta o risco de desenvolver doença grave ou o risco de exposição ao vírus:

  • Pessoas com idade igual ou superior a 60 anos;
  • Doentes crónicos e imunodeprimidos, com 6 ou mais meses de idade;
  • Grávidas, para proteção de evolução grave da gripe durante a gravidez e para proteção dos filhos durante os primeiros meses de vida
  • Profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados;
  • Pessoas incluídas em contextos definidos pela DGS: por exemplo, doentes com determinadas patologias crónicas ou condições (1) como Diabetes, Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, Doença Cardiovascular, entre outras.

Na época 2024-2025, a vacina de dose elevada é administrada gratuitamente aos seguintes grupos:

  • Residentes em Estabelecimentos Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI), instituições similares e Rede Nacional de Cuidados Integrados (RNCCI).
  • Pessoas com 85 ou mais anos de idade.