Cancro Gastrointestinal: Terapias Adjuvantes em foco

Outro dos temas do 2nd Update in Clinical Oncology foram os cancros gastrointestinais. Na sessão moderada pelos Profs. Doutores Mendes de Almeida e Luís Costa foram discutidos três estudos que abordam diferentes terapêuticas adjuvantes, que, na opinião do orador, o Dr. António Quintela “vão modificar a prática quotidiana, nos tumores do estômago, das vias biliares e nos tumores do cólon”.

Em relação aos tumores do estômago, foi apresentado um trabalho, o FLOT 4, em que se documenta de forma muito clara que face àquele que era o standard prévio, nomeadamente da quimioterapia peri-operatória com o chamado esquema do ECF, este novo apresenta resultados estatisticamente melhores. Sobre este, o oncologista não tem dúvidas: “passará a ser esta a nova referência em termos de tratamentos desta patologia do cancro gástrico”.

Na comunicação falou-se também da vantagem de fazer quimioterapia com capecitabina nos tumores operados das vias biliares. Sobre estas, diz o médico que “são o parente pobre da gastroenterologia, nomeadamente em termos de terapêuticas adjuvantes, porque, aquilo que há é tudo muito pouco consistente”, e, por isso se mostrou importante trazer este trabalho, sobre a terapêutica BILCAP.

Já o terceiro ponto da comunicação incidiu num conjunto de trabalhos sobre as vantagens e desvantagens de cumprir seis meses de tratamentos adjuvantes de FOLFOX nos tumores do cólon operados. O Dr. António Quintela considera este trabalho um pouco controverso, já que não existem ainda evidências suficientes, mas admite que, em alguns doentes, possa constituir uma base para se poder reduzir o tempo de exposição à quimioterapia, e consequentemente, a probabilidade da neuropatia.

Sobre toda a comunicação, o Dr. Mendes de Almeida quis passar uma mensagem de esperança: “o ponto de situação em relação aos cancros gastrointestinais é muito positivo. As pessoas que têm cancro do cólon ou do reto não precisam de achar que estão condenadas a morrer: bem longe disso. É claro que depende do estado dos doentes, mas a maioria fica curada”.

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