Tromboembolismo venoso (TEV) afeta dez milhões em todo o mundo

Assinala-se a 13 de outubro o Dia Mundial da Trombose (World Thrombosis Day) e o Grupo de Estudos de Cancro e Trombose (GESCAT) volta a associar-se à comemoração deste dia que foi reconhecido pela primeira vez em 2014 pela Sociedade Internacional de Trombose e Hemostase (ISTH). Para assinalar a data, o GESCAT acaba de lançar a campanha “APRENDA A IDENTIFICAR OS SINAIS E OS SINTOMAS DE UM TEV!” que tem como objetivo informar, sensibilizar e consciencializar a população, doentes oncológicos, profissionais de saúde e decisores políticos para as causas, fatores de risco, sinais e sintomas da trombose.

De acordo com a ISTH, uma em cada quatro pessoas em todo o mundo perde a vida diariamente devido a um TEV, números que reforçam a necessidade de aumentar a consciencialização da população para a principal causa de morte cardiovascular evitável. O Tromboembolismo Venoso (TEV) resulta da formação de coágulos de sangue nas veias ou artérias, levando ao seu entupimento e impedindo que o sangue circule. Esta situação pode levar à ocorrência da Trombose Venosa Profunda (TVP) ou da Embolia Pulmonar (EP), patologias de elevada gravidade e que constituem uma das três principais causas de morte cardiovascular no mundo: ataque cardíaco, acidente vascular cerebral (AVC) e tromboembolismo venoso (TEV).

“Mesmo com os altos índices de mortalidade associados ao TEV, grande parte da população desconhece os problemas relacionados com esta patologia silenciosa. A população oncológica, devido à quimioterapia, radioterapia, hospitalização e imobilidade têm um risco acrescido de de desenvolver um TEV. Daí que um doente bem informado sobre a sua condição pode permitir maior sucesso nos tratamentos e garantir/exigir melhores cuidados durante a hospitalização. Para se tiver alguma dúvida com algum dos sintomas deve procurar ajuda junto do médico assistente” esclarece Sérgio Barroso, médico oncologista e presidente do GESCAT.

“O TEV pode afetar pessoas de todas as faixas etárias, raça e etnia, não havendo uma prevalência diferente da doença em função do sexo da pessoa. No entanto, existem diversos fatores de risco que contribuem fortemente para aumentar os riscos de formação de um coágulo nas veias levando ao seu entupimento e impedindo que o sangue circule normalmente. A hospitalização é um fator de risco significativo para o desenvolvimento de trombose. Pacientes com mobilidade reduzida, devido ao repouso prolongado, ou com trauma vascular, em decorrência de cirurgias ou lesões graves, têm maior probabilidade de ter coágulos sanguíneos. Até 60% dos casos de TEV ocorrem durante a hospitalização ou dentro de 90 dias, no pós-alta. Também a idade superior a 60 anos, o histórico pessoal ou familiar de formação de coágulos sanguíneos, o cancro ou a quimioterapia e a utilização de anticoncecionais podem ser determinantes para a ocorrência de um TEV. E, tal como associados a grande parte das doenças, temos outros fatores de risco como a obesidade, o tabagismo e o consumo excessivo de álcool que aumentam a probabilidade de sofrer um TEV” explica o médico oncologista.

A campanha “APRENDA A IDENTIFICAR OS SINAIS E OS SINTOMAS DE UM TEV!” é constituída por uma AÇÃO DE GUERRILHA, que se vai realizar nos dias 12 e 13 de Outubro em Lisboa, na qual uma equipa de mascotes em forma de trombo e promotores com t-shirts alusivas ao Dia Mundial da Trombose vão estar a distribuir de folhetos informativos e balões azuis e vermelhos (cores das artérias) junto da população para que esta fique a saber mais sobre as causas, os sintomas e as formas de prevenção do TEV. Promovida pelo GESCAT, esta iniciativa conta com o patrocínio da Leo-Pharma, da Bayer, da Daiichi-Sankyo e da Sanofi.

Sendo o acesso aos cuidados de saúde fundamental, é importante que as pessoas estejam atentas à realidade desta doença e a prestar a devida atenção aos sinais do seu corpo. A trombose venosa profunda manifesta-se habitualmente através de um dos seguintes sintomas:

  • Inchaço no pé, tornozelo, perna ou braço (sensação de pele esticada), especialmente se ocorrer só num lado;
  • Dor, cãibra ou sensibilidade, frequentemente na barriga da perna;
  • Rubor ou descoloração evidente da perna ou do braço;
  • Perna quente ou com sensação de peso.

A embolia pulmonar acompanha-se de um dos seguintes sintomas:

  • Vertigens/tonturas;
  • Dificuldade inexplicável em respirar;
  • Batimento cardíaco irregular;
  • Dor no peito (especialmente quando respira profundamente);
  • Tosse com sangue.

Em prol do Dia Mundial da Trombose, celebrado no dia 13 de outubro,  Sérgio Barroso, Presidente do GESCAT cita ainda as principais medidas que podem ajudar a prevenir a trombose, levando em consideração os fatores de risco:

  • Manter o peso;
  • Ter uma alimentação equilibrada;
  • Praticar exercício físico regularmente;
  • Não ficar muito tempo imobilizado;
  • Evitar permanecer muito tempo sentado sem se movimentar;
  • Evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, principalmente se associado ao cigarro e ao uso de anticoncecionais;
  • Após uma cirurgia, voltar a movimentar-se
  • Pacientes com história familiar devem ser orientados a usar meias elásticas e medicamentos;

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